Já pensou se você está passeando pelo MS e dá de cara com uma onça? Saiba o que fazer

A prioridade deve ser, sempre, a vida e a saúde das pessoas, com respeito ainda aos animais.

O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) solidariza-se com o trabalhador rural que sofreu vários ferimentos graves e relatou o ataque de onça no Pantanal do Paiaguás no último dia 28 de agosto. Em razão desse registro relatado, neste material abaixo, os médicos veterinários do Programa Felinos Pantaneiros, mantido pelo IHP, procuram apontar diretrizes de atuação sobre a prevenção de ataques.

As onças-pintadas e onças pardas são animais selvagens e o contato direto delas com os seres humanos pode ocorrer, no caso de safáris pelo Pantanal, diante de medidas importantes de segurança para se evitar acidentes e que pessoas possam ficar feridas. A prioridade deve ser, sempre, a vida e a saúde das pessoas, com respeito ainda aos animais.

No caso dos pantaneiros e pantaneiras que vivem em áreas remotas e acabam ficando mais expostos por coexistirem no mesmo território desses animais, a prioridade deve ser sempre evitar o contato direto. Essa preocupação existe principalmente para garantir a segurança das pessoas, em especial de trabalhadores que acabam ficando mais expostos em áreas de campo.

Conforme estudos sobre o comportamento desses animais e conhecimento do campo de pantaneiros e pantaneiras, essas são regras importantes a seguir no caso de quem está na lida:

1 – Verifique com pessoas que conhecem a região se há avistamentos recentes de onça-pintada ou onça parda, em que locais eles ocorreram para se acender um alerta;

2 – Procure não andar sozinho e caso suspeitar de rastros que indiquem pegada de onça, faça barulho pelo caminho ou evite o trajeto;

3 – Se encontrar carcaça de animal morto, evite chegar perto, principalmente se não houver urubus presentes no local;

4 – Locais onde ocorrem a “ceva”, prática considerada crime pela legislação ambiental, devem ser evitados porque trazem grande risco de conflito com as onças, bem como denunciados à Polícia Militar Ambiental;

5 – Verifique pelo caminho que estiver possíveis rastros que onças deixam, como pegadas, se há mais de uma pegada, sugerindo mais de um indivíduo no local, ou até fezes, e se esses detalhes sinalizam serem frescos ou antigos;

6 – Caso encontrar com uma onça no trajeto, evite a aproximação e tente manter a maior distância possível até que o animal saia do contato visual;

7 – Se você estiver frente a frente com uma onça, não se vire e não corra – esse comportamento remete a de uma presa;

8 – Ainda no caso de estar frente a frente com uma onça, mantenha contato visual e procure distanciar-se andando para trás sem movimentos bruscos;

9 – Onças com filhotes tendem a ser mais defensivas, o mesmo ocorre quando estão em período de acasalamento – andam em dupla;

10 – Depois que a onça sair do contato visual, procure evitar o trajeto ou, se precisar seguir adiante, espere por um período médio para continuar o trajeto.

Acesse essas informações em uma página interativa, clique aqui.

Estudos sugerem que ao primeiro contato desses animais com o ser humano, o comportamento considerado normal é que a espécie procura afastar-se. Casos de ataque são raros em registros oficiais, mas existem. A prioridade deve ser sempre a vida e a saúde das pessoas, por isso a prevenção é fundamental.

Para acionar socorro, a orientação é procurar os Bombeiros (193). A Polícia Militar Ambiental também pode atuar e dar suporte nesses casos. O IHP pode prestar apoio técnico, após o resgate da vítima. O contato é faleconosco@institutohomempantaneiro.org.br.

Sobre o IHP

Com mais de 20 anos de atuação, o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) compartilha com a sociedade os desafios para a conservação do Pantanal e toda sua biodiversidade. O Instituto é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que atua na produção de natureza no bioma Pantanal, com respeito à história e à cultura local. Dentre as atividades desenvolvidas, destacam-se a gestão de áreas protegidas, o apoio a pesquisas e a promoção de diálogo entre os atores com interesse nas áreas.

Entre as atividades desenvolvidas pela instituição destacam-se a gestão de áreas protegidas, o desenvolvimento e apoio a pesquisas científicas e a promoção de diálogo entre os atores com interesse na área.

Os programas e projetos permanentes que o Instituto atua são Rede Amolar, Cabeceiras do Pantanal, Amolar Experience, Felinos Pantaneiros, Memorial do Homem Pantaneiro, Brigada Alto Pantanal e Estratégias para Conservação da Natureza. Saiba mais em https://institutohomempantaneiro.org.br/. O IHP também integra o Observatorio Pantanal.

Fonte e foto: Instituto Homem Pantaneiro

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