Preso por execução de dupla carbonizada, Zé Caveira está encarcerado em presídio de Coxim e 3 seguem foragidos

Diogo Guilherme da Silva Firmino, o “Zé Caveira”, tem 27 anos

Mais um envolvido nos assassinatos de Thiago Brumatti Palermo e Marcelo dos Santos Viera foi preso. A prisão aconteceu na quarta-feira (20), em Coxim, cidade a 239 quilômetros de Campo Grande.

Diogo Guilherme da Silva Firmino, o “Zé Caveira”, de 27 anos, foi encontrado pelos investigadores da 1ª DP (Delegacia de Polícia Civil) da cidade e encaminhado para um presídio local.

Para a polícia “Zé Caveira” auxiliou de perto os chefes da organização criminosa que ordenou, em julho, a execução das duas vítimas.

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Diogo Guilherme da Silva Firmino, o “Zé Caveira”, de 27 anos. (Foto: Polícia Civil)

Com a prisão de “Zé Caveira” ainda restam três foragidos por envolvimento nos crimes.

  • Cezar Augusto Rocha Gonçalves
  • Cristiago Nunes Dutra, Nick
  • Cleber Laureano Rodrigues Mendeiros, Doutor PCC ou Tubarão

No total, nove pessoas foram indiciadas por participação no crime; quatro estão presos, três são procurados pela polícia e dois respondem em liberdade. Um décimo suspeito foi identificado, mas morreu dias depois das execuções.

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Procurados por execução, em Campo Grande. (Foto: Polícia Civil)

A execução

Os corpos das vítimas foram carbonizados e encontrados no dia 24 de julho deste ano, em uma rua que faz a ligação entre os bairros São Conrado e Nova Campo Grande.

Segundo as investigações da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), os dois foram mortos porque trocaram tabletes de cocaína de uma facção criminosa por gesso.

De acordo com as investigações da delegacia especializada, Thiago e Marcelo eram os responsáveis por enviar remessas de cocaína para o estado de São Paulo. Thiago preparava os veículos com a droga escondida; para isso, tinha uma casa só para o fim.

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Diogo Guilherme da Silva Firmino, o “Zé Caveira”, de 27 anos. (Foto: Polícia Civil)

Marcelo apoiava Thiago. Segundo a polícia, foi dele a ideia de trocar alguns tabletes de cocaína por gesso. Para isso, fez moldes na própria marcenaria e preparou os tabletes falsos.

Não demorou muito para os chefes também descobrirem a farsa. No fim de semana do dia 22 de julho, os quatro suspeitos e o freteiro, que deveria levar os carros carregados de cocaína para São Paulo, foram conduzidos para a sessão de tortura chamada no meio criminal de julgamento.

Primeiro, foram levados para uma casa na região da avenida Três Barras. Foi lá que começou a videoconferência com integrantes da facção paulista, com forte atuação em Mato Grosso do Sul. Antes mesmo que “julgamento” terminar, os cinco foram levados para outra cantoneira – como são chamados os cativeiros – no São Conrado.

Por um tempo, os cinco ficaram presos em um quarto. No domingo (23 de julho), Thiago foi estrangulado até a morte e colocado no porta-malas de um Ford Fiesta.

O freteiro foi sentenciado a levar uma surra, mas no caminho a um novo lugar, reagiu, esfaqueou seus “seguranças” e conseguiu fugir.

Enquanto isso, os outros três foram sentenciados à morte e colocados ainda com vida dentro do mesmo carro em que o corpo de Thiago estava. Marcelo foi amarrado no banco de trás do veículo e os outros dois deixados no porta-malas.

Os assassinos dirigiram até uma rua de terra que faz a ligação entre os bairros São Conrado e Nova Campo Grande e lá colocaram fogo no carro. Os dois homens que estavam no porta-malas conseguiram escapar antes que o fogo se espalhasse. Marcelo morreu carbonizado. O mesmo aconteceu com o corpo de Thiago.

Os nove envolvidos nos assassinatos foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, homicídio tentado, destruição de cadáver, tráfico de drogas e envolvimento em organização criminosa.

Fonte: PPMS / Fotos: Polícia Civil e Canal Aberto

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