Campo Grande terá distribuição de novo medicamento para HIV

O comprimido, em dose única, tem menos efeitos colaterais e aumenta a qualidade de vida de quem vive com o vírus

Campo Grande já recebeu as primeiras doses do novo medicamento contra HIV, que em breve será distribuído aos pacientes. De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), o protocolo de liberação ainda está sendo organizando.

O comprimido, em dose única, tem menos efeitos colaterais e aumenta a qualidade de vida de quem vive com o vírus.

“Antes, se chamava terapia dupla, no qual a pessoa convivendo com o HIV/AIDS tinha que tomar três comprimidos diários. E esse dose fixa combinada, que é a nova apresentação, ela combinou tudo isso em um só comprimido”.

Nathalia Pelliccioni, coordenadora da Assistência Farmacêutica da SES (Secretaria de Estado de Saúde)

O infectologista Alexandre Albuquerque Bertucci, explica que o novo medicamente é de altíssima eficiência. “Boa potência e menos efeitos colaterais”, ressalta o infectologista Alexandre Albuquerque Bertucci.

A migração do tratamento deve ocorrer de forma gradual. As pessoas com HIV precisam se enquadrar em alguns critérios.

São eles:

  • Idade igual ou superior a 50 anos;
  • Adesão regular;
  • Carga viral indetectável no último exame (menor que 50 cópias)
  • Ter iniciado a terapia dupla até 30/11/2023

Mato Grosso do Sul recebeu 81.480 comprimidos. Eles são suficientes para atender a demanda do estado por um mês. As remessas com os medicamentos já começaram a ser distribuídas aos municípios. Na capital, a entrega foi nesta segunda-feira (15).

A médica veterinária Raíza Medeiros, de 34 anos, convive com a doença há 8 anos. Ela toma 4 comprimidos duas vezes ao dia e por causa da idade, pelo menos por enquanto, não vai poder aderir ao novo tratamento. Mas, segundo o Ministério da Saúde em seis meses, os critérios podem ser revistos.

“Eu acho perfeito. Quanto menos medicamentos tomarmos, melhor. facilita por conta da praticidade, da saúde. E as pessoas às vezes tem outro tipo de enfermidade ou outros medicamentos para tomar, então, esse novo tratamento facilita na hora do dia a dia da pessoa. Tecnologias, mais estudos, tudo que é novo e que é passado por estudo, e sempre que é indicado pelo médico que acompanha a pessoa, eu sou super a favor”.

Raíza Medeiros, médica veterinária.

O tratamento de ponta que já é adotado no país, garante a qualidade de vida de Raíza.

“Hoje, graças a Deus, tenho meu esposo, tenho minha filha, pratico esportes. No trabalho as pessoas me apoiam, é maravilhoso, onde eu converso com as pessoas eu percebo que não me tratam diferente porque eu tenho uma condição de saúde”, explica Raíza.

Fonte: PPMS / Foto: Vinicius Souza

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