Em 2024, Finlândia é o país mais feliz do mundo e Brasil fica em 44º

Essa é a 7ª vez consecutiva da nação nórdica no topo do ranking, enquanto o Brasil subiu algumas posições; veja o top 20 e os países mais infelizes

Os brasileiros estão (um pouco) mais felizes – essa foi a constatação do World Happiness Report de 2024, estudo anual que classifica a felicidade global em 143 nações ao redor do mundo. Em comparação com o ano passado, o Brasil subiu cinco posições e foi do 49º ao 44º lugar.

Supervisionado pela Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável da ONU, o relatório é lançado todos os anos em homenagem ao Dia Internacional da Felicidade, comemorado sempre em 20 de março. Ele é baseado em dados da Gallup World Poll e em análises dos maiores especialistas em bem-estar do mundo.

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O principal critério do ranking é a avaliação da vida da metodologia “Escada de Cantril”, onde os mais de 100 mil entrevistados classificam sua vida atual em uma escala de 0 a 10 – sendo 10 a melhor vida possível e 0 a pior –, explica Luis Gallardo, fundador e presidente da World Happiness Foundation. Também são levados em consideração fatores como apoio social, renda, saúde, liberdade, generosidade e ausência de corrupção, que ajudam a explicar a diferença entre as nações.

Em 2024, o top 10 da lista é bem semelhante às classificações dos últimos cinco anos (mesmo antes da pandemia), com os mesmos países nórdicos ocupando os primeiros lugares. A Finlândia encabeça o ranking pela sétima vez consecutiva. A Dinamarca mais uma vez aparece na segunda posição (igual ao ano passado), seguida pela Islândia na terceira.

Várias razões justificam a liderança da Finlândia no relatório, como a alta recompensas de altos impostos e planejamento urbano que fazem as pessoas se sentirem saudáveis ​​e seguras

Entre as mudanças mais significativas na edição, essa é a primeira vez que os Estados Unidos não estão no top 20 desde que o relatório começou a ser publicado, em 2012. O país norte-americano caiu do 15º para o 23º lugar em 2024, impulsionado por uma grande queda no bem-estar dos americanos com menos de 30 anos. Diferentemente dos 10 primeiros colocados, o top 20 teve estreantes em relação ao ano passado, como Costa Rica (12º) e Kuwait (13º).

Em ascensão, Sérvia (37º) e Bulgária (81º) tiveram os maiores aumentos nas pontuações médias de avaliação da vida: desde 2013, os dois países avançaram 69 e 63 posições, respectivamente.

Já o Afeganistão continua na parte inferior do ranking geral, como a nação “mais infeliz” do mundo.

“O relatório é feito para pesquisadores, cientistas e professores. A ideia é que ele norteie gestores públicos e privados sobre como eles devem conduzir os seus cidadãos, colaboradores e estudantes. O grande desafio é conseguir lê-lo e transformá-lo em ações práticas”, analisa Rodrigo de Aquino, especialista em felicidade e bem-estar e fundador do Instituto Dignamente, que usa diariamente esses resultados no seu trabalho.
Felicidade por idade

Pela primeira vez, o World Happiness Report também reuniu classificações separadas por faixa etária – com resultados bem diferentes do ranking geral. Entre as crianças e jovens com menos de 30 anos, a Lituânia lidera a lista; já a Dinamarca é o país mais feliz do mundo para aqueles com 60 anos ou mais.

Essa diferença fica bem clara com o Brasil: o país ocupa a 60ª posição no ranking abaixo dos 30 anos de idade, enquanto está em 37º entre a faixa etária acima dos 60.

Na comparação entre gerações, aqueles nascidos antes de 1965 são, em média, mais felizes do que aqueles nascidos depois de 1980. Entre os millennials, a avaliação da própria vida diminui a cada ano de idade, enquanto os boomers têm mais satisfação com a idade.

Globalmente, os jovens de 15 a 24 anos relatam maior satisfação com a vida do que os adultos mais velhos, mas essa lacuna está se estreitando em algumas regiões desde 2019. “Documentamos quedas desconcertantes especialmente na América do Norte e na Europa Ocidental. Pensar que, em algumas partes do mundo, as crianças já estão experimentando o equivalente a uma crise de meia-idade exige ação política imediata”, afirma Jan-Emmanuel De Neve, diretor do Centro de Pesquisa de Bem-Estar de Oxford e editor do relatório.

Veja a seguir os 20 países mais (e os menos) felizes do mundo em 2024:

Os 20 países mais felizes do mundo em 2024

Finlândia
Dinamarca
Islândia
Suécia
Israel
Holanda
Noruega
Luxemburgo
Suíça
Austrália
Nova Zelândia
Costa Rica
Kuwait
Áustria
Canadá
Bélgica
Irlanda
República Tcheca
Lituânia
Reino Unido

Os 20 países menos felizes em 2024

Afeganistão
Líbano
Lesoto
Serra Leoa
Congo
Zimbábue
Botsuana
Malawi
Essuatíni
Zâmbia
Iêmen
Comores
Tanzânia
Etiópia
Bangladesh
Sri Lanka
Egito
Índia
Jordânia
Togo

 

Fonte: Forbes Brasil / Foto: Getty Images

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