Em 2024, Dourados quer imunizar 150 mil pessoas contra a dengue

Fornecimento gratuito de um laboratório particular da vacina QDenga permitiu que a vacinação em massa seja feita.

Município de Dourados (MS) vai imunizar 150 mil pessoas contra a dengue, a partir de janeiro de 2024. De acordo com a prefeitura, a vacinação em massa será possível porque laboratório Taqueda forneceu as doses gratuitamente para o município.

Até as seringas e agulhas foram doadas pelo laboratório. No entanto, o município será responsável pelo planejamento e aplicação da vacina dentro do cronograma especificado pelas pesquisas.

O imunizante usado será o Qdenga. Ele possui duas doses, que devem ser administradas com intervalo de 3 meses. Pessoas entre 4 e 59 anos poderão procurar uma das 33 unidades básicas de saúde de Dourados, a partir do ano que vem.

A mesma vacina já é comercializada na rede privada há oito meses, por R$ 450.

Vacina QDenga. — Foto: Divulgação

Vacina QDenga. — Foto: Divulgação

A vacina QDenga foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional em Biossegurança, em fevereiro deste ano. Ela é feita com base em vírus vivo atenuado do sorotipo 2 da dengue, que oferece proteção para todos os sorotipos da doença.

O último boletim da dengue divulgado esta semana pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostra que Mato Grosso do Sul tem mais de 40 mil casos confirmados da doença só neste ano, além das 40 mortes foram confirmadas. Em Dourados, são mais de 1.500 confirmações e cinco mortes por dengue este ano.

Consulta pública

Ministério da Saúde abre na quinta-feira (7), consulta pública sobre a proposta de incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS) da vacina contra a dengue. A demanda para avaliação da tecnologia foi submetida pela empresa japonesa Takeda Pharma. Nos dados avaliados pela Comissão, foi verificada uma eficácia geral de redução da hospitalização em 84% dos casos de dengue.

Para propor uma estratégia nacional, o Ministério da Saúde questionou o quantitativo de doses que poderia ser fornecido ao SUS. De acordo com o laboratório, poderão ser entregues 8,5 milhões no primeiro ano e um total acumulado de 50 milhões em cinco anos, o que impõe restrições no público a ser atendido.

De acordo com o Ministério, para que uma tecnologia em saúde seja ofertada no SUS é necessária uma avaliação criteriosa, realizada antes da disponibilização à população. A busca por melhores tecnologias em saúde leva em conta tanto as necessidades dos pacientes quanto as do sistema público de saúde.

Uma das medidas feitas para que a vacina seja incorporada ao SUS é a proposta de redução de preço pela fabricante, compatível com a sustentabilidade do PNI. Apesar do desconto inicialmente oferecido, o valor por dose, de 170 reais, ainda é alto, considerando os demais imunizantes já ofertados. Nesse preço, o valor é duas vezes maior que as vacinas mais caras incluídas no programa.

O processo de avaliação tem o prazo de 180 dias, prorrogáveis por mais 90.

Fonte: G1MS / Foto capa: divulgação

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